A síndrome de west é uma condição epiléptica severa, incidente na infância e caracterizada por uma tríade sintomática que envolve espasmos musculares, hipsarritmia (padrão eletroencefalográfico específico) e retardo mental.
Quanto às causas da síndrome, descrevem-se três tipos de espasmos infantis: sintomáticos, criptogenéticos e idiopáticos. O nome da síndrome é uma homenagem ao Dr. W J West, que fez a primeira descrição da condição em 1841.
Existem 3 tipos dessa síndrome, a sintomática, idiopática e a criptogênica, sendo que na sintomática o bebê apresenta uma causa como o bebê ter ficado muito tempo sem respirar ao nascer; criptogênico é quando é causado por alguma outra doença ou anormalidade cerebral, e o idiopático é quando não se pode descobrir a causa e o bebê pode apresentar um desenvolvimento motor, como sentar e engatinhar, normal.
Causas da síndrome de west:
Na maioria das vezes se desconhece as causas da síndrome, embora em algumas circunstâncias, pode ser devido a:
- Traumatismos anteriores.
- Hipóxia (falta de oxigênio) no nascimento.
- Infecções durante o parto ou gravidez (toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, herpes, sífilis, etc.).
- Meningite.
Como prevenir o espasmo infantil ?
Na maioria das vezes não há como prevenir a síndrome de West. Nos quadros sintomáticos, deve-se procurar evitar os possíveis fatores causais.
Quais os sintomas da síndrome de west:
Os principais sinais e sintomas da síndrome de West são espasmos musculares em crises esporádicas, mas às vezes frequentes, que se iniciam de forma súbita, no tronco e/ou nos membros. As contrações são rápidas e a intensidade delas pode variar de um movimento sutil da cabeça até uma contração poderosa de todo o corpo.
Os espasmos podem ser flexores, extensores ou uma forma mista, extensora e flexora. Somente um pequeno número de crianças com a síndrome de West tem um desenvolvimento cognitivo normal ou limítrofe (borderline).
O retardo mental e as alterações psíquicas são comuns em mais de 70% dos pacientes. Os espasmos mistos são os mais comuns, consistindo de flexão do pescoço e dos braços, extensão ou flexão das pernas e extensão dos braços.
Tratamento para síndrome:
O tratamento para esta síndrome deve ser iniciado o quanto antes porque durante as crises epiléticas o cérebro pode sofrer danos irreversíveis, comprometendo gravemente a saúde do bebê e o seu desenvolvimento.
O uso de medicamentos como o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é uma alternativa de tratamento, além de fisioterapia e hidroterapia. Remédios como valproato de sódio, vigabatrina, piridoxina e benzodiazepínicos podem ser receitados pelo médico.