Poucas pessoas sobrevivem a uma parada cardíaca súbita, por norma causada por problemas cardíacos até ali ignorados. O índice de sobrevivência é de cerca de 10%, quando o problema surge de forma repentina e fulminante.
No entanto, os acontecimentos podem não desenrolar-se de forma tão célebre e definitiva. Um novo estudo, que analisou 839 pessoas que sofreram paragens cardíacas inesperadas, concluiu que em 430 casos houve sintomas de aviso nas quatro semanas anteriores.
Ou seja, 51% dos doentes ignorou pequenos sinais, que os cientistas depois identificaram em conversa com os próprios ou com os familiares, quando o doente não sobreviveu.
Causas da parada cardíaca súbita:
- Doença cardíaca: encontra-se em vítimas de morte cardíaca súbita. Em 90% dos casos é observado o estreitamento das artérias coronárias. O coração fibrótico ou engrossado pode desenvolver a arritmia ventricular.
- Parada cardíaca causada por medicamentos para o coração: às vezes, causam uma arritmia ventricular letal.
- Hipercalemia ou hipocalemia: no corpo, o nível de potássio insuficiente ou em excesso pode ser perigoso.
- Esta situação ocorre principalmente no paciente que sofre de insuficiência renal.
- Arritmia cardíaca: pode ocorrer um curto-circuito entre as câmaras superiores e inferiores do coração. Ocorre a taquicardia quando a condução do impulso elétrico diminui ou quando o coração deixa de responder a sinais elétricos.
- Alterações dos vasos sanguíneos: incluem as anormalidades congênitas dos vasos sanguíneos. A liberação de adrenalina durante uma atividade atlética intensa pode provocar a morte do coração.
- Hipertonia vagal: o nervo vago controla a atividade do coração e pode provocar uma queda de frequência e pressão arterial.
Pode ocorrer durante uma operação cirúrgica por causa da anestesia ou problemas durante a intubação endotraqueal.
Sintomas da parada cardíaca:
A parada cardíaca súbita é uma emergência médica e precisa de tratamento imediato. Se a intervenção é rápida, as chances de sobrevivência são maiores.
Quando o coração pára, o sangue oxigenado não atinge o cérebro e pode causar danos cerebrais em poucos minutos. Como conseqüência, a morte ocorre dentro de 8-10 minutos.
Podem ocorrer episódios freqüentes de dor/desconforto no peito, palpitações cardíacas e batimento cardíaco irregular ou acerelado.
É necessário procurar o médico para verificar se há quaisquer irregularidades que possam afetar a saúde do coração.
Se uma pessoa desmaia, pára de respirar ou não tem pulso, deve ir para o pronto socorro. Enquanto espera no pronto socorro é necessário realizar as manobras do SBV (suporte básico de vida) ou massagem cardíaca.
Para evitar que a língua enrole para dentro da garganta é necessário colocar o pescoço em extensão, elevando o queixo com dois dedos.
Tratamentos:
A parada cardíaca súbita pode ser tratada e resolvida, mas o socorro de emergência deve ocorrer imediatamente. A taxa de sobrevivência pode chegar a 90% se o tratamento inicia nos primeiros minutos após um ataque cardíaco fulminante.
A taxa diminui de 10% a cada minuto que passa. Quem sobrevive têm uma boa perspectiva a longo prazo.
Quem vê um ataque cardíaco súbito em uma pessoa deve chamar imediatamente o 192 e começar a SBV. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) pode salvar a vida de uma pessoa porque este procedimento mantém o sangue e o oxigênio em circulação no corpo até a chegada de ajuda.
Se você tiver o desfibrilador automático externo (DEA), a melhor maneira de salvar o paciente é a desfibrilação com este dispositivo. Quanto mais rápido for realizada a desfibrilação, maior a chance de sobrevivência.
A RCP e o desfibrilador salvam o paciente. Quando chega a ambulância eles podem fazer a desfibrilação para reanimar o coração. Isto é feito através de um choque elétrico direto ao coração através das placas colocadas sobre o peito.