A nefropatia diabética é um possível problema de saúde decorrentes da diabetes, sendo ela uma doença que inspira muitos cuidados. Uma das complicações que um portador de diabetes pode ter, principalmente se for diabetes do tipo Melittus Tipo 1, é a chamada nefropatia diabética. Essa doença consiste em problemas nos vasos sanguíneos do rim e a consequente perda de proteínas através da urina.
nefropatia-diabética-fisiopatologiaO rim é o órgão responsável por filtrar as substâncias do corpo, eliminando, pela urina, as que não terão utilidade, como as toxinas, por exemplo. O trabalho do rim é de grande importância para a manutenção da saúde do corpo e, dessa forma, é preciso ficar atento alguns fatores que podem indicar a ocorrência de nefropatia diabética, que prejudica a filtragem realizada pelo rim.
Quando os rins estão danificados, eles não podem filtrar o sangue como deveriam, o que pode levar a um acúmulo de resíduos em nosso corpo. Problemas renais causados por diabetes geralmente ocorre lentamente, ao longo de muitos anos.
A boa notícia é que a nefropatia diabética pode ser evitada quando tomamos medidas para proteger os rins, desta maneira prevenimos ou retardamos os danos renais.
Causas da nefropatia diabética:
Os níveis elevados de glicose no sangue, danificam os vasos sanguíneos que passam pelos rins, dificultando, assim, a função dos rins que é de excretar os resíduos e excesso de líquidos do nosso corpo. Estes resíduos passam a se acumular no sangue, prejudicando vários órgãos de nosso corpo.
Os glomérulos renais são delicadas estruturas que compõem o nosso rim, seus delicados vasos sanguíneos são responsáveis pela filtração do nosso sangue. O excesso de glicose em nosso sangue faz com que estes vasos fiquem mais endurecidos e estreitados, desta maneira a eficiência desta filtração fica comprometida, afetando o equilíbrio de metabólitos no organismo.
A nefropatia diabética é dividida em cinco fases de deterioração, com o última sendo Doença Renal Terminal (DRT). Ela pode afetar tanto diabéticos tipo 1 quanto tipo 2. Normalmente para se chegar a fase 5, se passaram 20 anos de diagnóstico de diabetes.
Pessoas com diabetes devem fazer exames de verificação de função renal anualmente, além de controle da glicemia e da pressão arterial. Esta é a maneira de evitar e prevenir maiores complicações ao longo dos anos.
Sintomas da nefropatia diabética:
É importante observar as características da urina, uma vez que a presença de espuma pode ser um indicativo de que algo não vai no funcionamento do rim. Outro sintoma que pode ocorrer na fase inicial da doença é a pressão arterial elevada. Esse é um quadro perigoso e que deve ser monitorado, pois pode abrir espaço para uma insuficiência renal avançada.
Outra forma de se descobrir a ocorrência é um exame de urina que se chama microalbuminúria. A albumina é uma substância presente naturalmente no corpo. Porém, no caso pode haver um pouco desse elemento na urina.
Se a doença estiver em estágio mais avançado, pode também ser encontrada proteína da urina, ureia e creatinina no sangue. Esses resultados denunciam a nefropatia.
Tratamentos:
Depois de feito o diagnóstico, o tratamento se baseia no controle da diabetes, do colesterol, do peso e da pressão arterial, além do uso de medicamentos que impeçam o avanço da nefropatia diabética. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior será a probabilidade de sucesso no intuito de minimizar o problema.
Contudo, o ideal é que se previna o aparecimento da doença em vez de tratá-la depois de instalada. A prevenção da nefropatia diabética é feita através da manutenção da glicose em níveis adequados e essa manutenção acontece por meio do uso de medicamentos, como insulina, e também da alimentação prescrita pelo médico especialista em diabetes. É importante seguir à risca as orientações médicas.
Infelizmente, é possível que é a função renal fique bastante comprometida, tornando mais difícil o tratamento. Em casos assim, é preciso recorrer a um método bastante conhecido: a hemodiálise. Esse tratamento consiste no uso de uma máquina que faz o papel do rim: ela retira o sangue, filtra-o, retiram-se as impurezas e ele é devolvido limpo ao organismo. Em casos mais extremos, um caminho possível é a realização de um transplante de rim.