Doenças e Tratamentos

Leptospirose: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Por Alan Costa, em 01/03/2018 (atualizado em 07/10/2021)
leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa provocada pela bactéria Leptospira interrogans. É considerada uma zoonose e ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. Há predominância por regiões pouco desenvolvidas, com saneamento básico precário com proliferação de roedores.

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A leptospirose é muito conhecida, nos períodos de chuva a população que mora em áreas propícias a alagamento entram em alerta exatamente pelo risco de contraí-la. Isso porque a doença infecciosa é transmitida por uma bactéria presente na urina de alguns ratos contaminados e por isso pode estar presente nas águas das enchentes. Mas, essa não é a única forma de transmissão, qualquer contato com um rato ou com a urina dele pode ser perigoso. Por isso é importante ficar de olho, principalmente, nos cachorros que vivem em quintal para evitar que eles contraiam a leptospirose canina.

Causas da leptospirose:

A bactéria Leptospira penetra ativamente por mucosas ou lesões da pele do paciente. Após a penetração no seu hospedeiro, ela espalha-se rapidamente pela via linfática e sanguínea.

Os principais órgãos afetados são os rins, fígado, cérebro e pulmões. O período de incubação da bactéria pode variar de 2 a 30 dias, mas a média é de 10 dias de intervalo entre a contaminação e o início dos sintomas da doença.

As bactérias da leptospirose podem sobreviver no ambiente até semanas ou meses, o que vai depender das condições do mesmo, como temperatura, umidade, lama ou águas de superfície. Porém, elas são bactérias sensíveis aos desinfetantes comuns e a determinadas condições ambientais, sendo mortas rapidamente por desinfetantes, como o hipoclorito de sódio, presente na água sanitária, e também quando expostas à luz solar direta.

Quais os tipos e fases da leptospirose:

Existem basicamente 2 formas da doença, são elas:

Forma Anictérica: Quando não há amarelamento da pele, esta é a forma mais benigna. Apresenta poucos sintomas e é auto-limitada. Ocorre em 90% dos pacientes infectados.

Forma Ictérica: Quando a pele apresenta aspecto amarelado, esta forma é também conhecida por “Doença de Weil”, e é a mais grave. Acomete 10% dos doentes e pode levar à morte. Ainda a Leptospirose subdivide-se em duas fases, são elas:

Fase Precoce: Esta fase compreende de 85% a 90% das formas clínicas da doença, porém poucos casos são identificados nesta fase, por causa das dificuldades inerentes ao diagnóstico clínico e à confirmação laboratorial. Este é o período que o paciente poderá sentir:

  • Início súbito de febre;
  • Cefaleia;
  • Mialgia;
  • Anorexia;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Artralgia;
  • Hiperemia;
  • Hemorragia conjuntival;
  • Fotofobia;
  • Dor ocular;
  • Tosse;
  • Fase tardia.

Esta fase é característica por apresentar complicações da doença, que acomete cerca de 15% dos pacientes que têm uma evolução para manifestações clínicas graves. Essas têm início, geralmente, após a primeira semana de doença, contudo, também pode ocorrer mais cedo do que se espera.

Fase Tardia: Esta fase é característica por apresentar complicações da doença, que acomete cerca de 15% dos pacientes que têm uma evolução para manifestações clínicas graves. Além disso, essas têm início, geralmente, após a primeira semana de doença, contudo, também pode ocorrer mais cedo do que se espera.

Sintomas da leptospirose

A leptospirose pode ser pode ser assintomática. Quando há manifestação dos sintomas, a doença pode regredir espontaneamente de 3 a 7 dias sem deixar sequelas. Os sintomas principais, que se apresentam em 90% dos pacientes são: febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular. Além disso, em torno de 15% dos casos há evolução para a fase tardia, com manifestações graves e letais, incluído hemorragias, complicações renais, torpor e coma.

leptospirose

Tratamento da leptospirose:

O tratamento é feito a base de antibióticos para que a doença não evolua para uma fora grave. Outra medida importante é a hidratação do doente. Não devem ser administrados medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS), porque pode aumentar o risco de sangramento. Além disso, pacientes que desenvolvem meningite ou icterícia devem ser internados. Formas graves (complicações renais) também necessitam de tratamento intensivo no hospital.

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