Hiperplasia gengival: o que é, causas, sintomas e tratamentos
A hiperplasia gengival é uma lesão na gengiva que se desenvolve graças ao estímulo crônico, na maioria das vezes como um trauma ou a presença constante da placa bacteriana, decorrente da falha na escovação. Normalmente apresentam um caráter benigno e não se desenvolvem com características malignas.
Na boca, o aumento do volume gengival é uma das ações deletérias mais freqüentes do uso de imunossupressores, notando-se entre os pacientes afetados distribuição caprichosa das papilas acometidas, intercalando regiões de gengiva conservada. O achado de afecção gengival em mais de 50% dos transplantados renais que usaram unicamente ciclosporina pode ser considerado elevado.
O que é hiperplasia gengival?
A hiperplasia gengival é o aumento do número de células da gengiva, que pode ocorrer pelo uso de alguns medicamentos, problemas genéticos ou hormonais, além de má higiene bucal. A hiperplasia também pode não ter uma causa aparente (idiopática) e não é uma alteração relacionada com câncer.
Pode ir desde a um pequeno aumento da gengiva entre os dentes a um aumento generalizado que pode até cobrir os dentes nos casos mais graves, interferindo na fala e na mastigação, além de causar desconforto estético, dor e sangramentos.
Causas da hiperplasia gengival:
Ela pode ocorrer por três motivos: Indução por placa bacteriana, trauma ou medicamentos. O primeiro tipo é mais comum e traz como consequência a infecção gengival. Na maior parte dos casos, é causado por má higienização dos dentes. A hiperplasia por trauma é causada por feridas, normalmente, por uma escovação traumática.
Também é comum em pacientes que usam próteses dentárias removíveis. Além disso, já o terceiro caso, a medicamentosa, resulta de medicamentos como a fenitoína, usada para prevenir convulsões, os imunossupressores e os fármacos bloqueadores dos canais de cálcio.
Sintomas da hiperplasia gengival:
Os crescimentos apresentam-se como inchaços gengivais, que podem ser localizados ou generalizados, apresentando sangramento durante a escovação, tanto nas fases iniciais, como nos estágios mais avançados.
Podem se desenvolver até recobrirem os dentes. Estas lesões podem acometer crianças, adolescentes ou adultos sob o tratamento ortodôntico e podem ser agravados em casos com alterações gengivais iniciais sem o devido tratamento.
Fatores de risco:
Alguns dos fatores de risco que se sabe que contribuem para o crescimento excessivo gengival incluem a presença de inflamação gengival (ou seja, gengivite) resultante da falta de higiene bucal. Além disso, a presença de placa dental pode fornecer um reservatório para o acúmulo de fenitoína ou ciclosporina. Além disso, em pacientes ortodônticos, o crescimento excessivo gengival foi sugerido devido ao acúmulo de níquel e à proliferação de células epiteliais.
Outros fatores de risco intrínsecos incluem a susceptibilidade de algumas subpopulações de fibroblastos e queratinócitos para fenitoína, ciclosporina e/ou nifedipina e o número de células de Langerhans presentes no epitélio oral. Além disso, este último parece estar relacionado à presença de inflamação e placa dental.
Como a maioria dos estudos relatados até à data observou pacientes com crescimento excessivo gengival no momento do estudo. Determinando o verdadeiro efeito da medicação independente dos co-fatores, como a gravidade da doença subjacente. Além disso, o estado de saúde bucal antes do início do crescimento excessivo gengival status socioeconômico e educação é bastante difícil.
No entanto, o estado da saúde bucal antes do início do crescimento excessivo gengival combinado com a medicação estão ambos claramente envolvidos no início da hiperplasia gengival induzida por drogas.
Tratamentos:
Inicialmente, o Cirurgião-Dentista ou ortodontista deve identificar a causa do crescimento gengival. Desta forma, muitas lesões gengivais iniciam-se pela falha da escovação. Além disso, orientação da higiene bucal deve ser ressaltada e, caso seja necessário, procedimentos de raspagem, alisamento e polimento das coroas dentárias devem ser realizados. Além disso, podendo haver a redução parcial ou completa da lesão. Procedimentos cirúrgicos podem tornar-se necessários para a remoção da lesão, sob anestesia local, e por meio de diversas técnicas (cirurgia convencional, eletrocirurgia ou lasercirurgia).
Vale lembrar a importância do encaminhamento da lesão removida ao exame anatomopatológico, para o correto diagnóstico. Além disso, há outro risco maior aos pacientes quanto ao procedimento cirúrgico? Não. Geralmente o procedimento cirúrgico é simples, requerendo cuidados inerentes à cirurgia bucal.