Gravidez ectópica: o que é, causas, sintomas e tratamentos
A gravidez ectópica é o grande ponto de interrogação para os papais que recebem o diagnóstico. Neste caso, o zigoto não desce até o útero se fixando ali mesmo na trompa. Porém, a trompa não é um órgão elástico como o útero e não foi preparado para receber um feto em crescimento.
Ela é um problema que surge quando o óvulo fecundado implanta-se de forma equivocada em outras estruturas que não o útero. A forma mais comum de gravidez ectópica é a gravidez tubária, que ocorre dentro das trompas de Falópio.
O que é gravidez ectópica:
Essa gravidez é quando o embrião se implanta e desenvolve fora do útero. Na maioria dos casos, o embrião implanta-se numa das trompas de Falópio, mas também é possível que a implantação ocorra nos ovários, no canal cervical ou no abdômen.
Geralmente, essa gravidez é diagnosticada entre a 5ª e a 10ª semana de gravidez. Frequentemente, os primeiros sintomas aparecem duas semanas depois da falta do período menstrual.
A gravidez ectópica é uma emergência médica que pode ser fatal e é essencial que seja tratada o mais rápido possível.
Causas da gravidez ectópica:
Danos nas trompas de Falópio é uma causa comum de gravidez ectópica. Um óvulo fertilizado pode ficar estacionado em uma área danificada de uma tuba e começar a crescer lá. As causas mais comuns de danos das trompas de Falópio que pode levar a uma gravidez ectópica incluem:
- Tabagismo;
- Doença inflamatória pélvica, que pode surgir a partir de infecção por clamídia ou gonorreia;
- Inflamações e cicatrizes das trompas de falópio, decorrentes de uma condição médica ou cirurgia anterior.
- Gravidez ectópica anterior em uma trompa de Falópio.
As causas de uma gravidez ectópica não são claras em todos os casos. No entanto, as condições seguintes podem ter ligação com uma gravidez anormal:
- Fatores hormonais;
- Anormalidades genéticas;
- Defeitos congênitos;
- Condições médicas que afetam a forma e condição das trompas de falópio e órgãos reprodutivos.
Fatores de risco:
Na verdade, pode acontecer com qualquer mulher e em qualquer faixa etária, mas alguns fatores podem aumentar as possibilidades, como:
- Mulheres com endometriose tubária;
- Após passar por qualquer tipo de cirurgia no abdômen como: cesárea, retirada de apêndice e até mesmo reversão de laqueadura;
- Gravidez gerada através de FIV;
- Mulheres que já tenham tido clamídia ou gonorreia;
- Engravidar usando DIU.
Sintomas:
A gravidez ectópica rota é quando o embrião está se desenvolvendo nas trompas e já é grande o suficiente para romper a trompa da mulher. Neste caso a mulher apresenta os seguintes sinais e sintomas:
- Dor abdominal intensa, somente de um lado da barriga;
- Sangramento vaginal irregular, especialmente entre a 5º e 14º semana de gestação;
- Sensação de peso na vagina;
- Forte dor à palpação do útero;
- Abdômen inchado;
- Exame Beta HCG geralmente é negativo.
No caso da gravidez fora do útero, mas sem sinais de ruptura das trompas, os sintomas podem ser:
- Forte dor à palpação do útero;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Sangramento vaginal após a última menstruação;
- Exame Beta HCG geralmente é positivo;
- Dor durante o contato íntimo ou durante o exame pélvico.
Em caso de suspeita deve-se ir imediatamente para o hospital para que o médico faça uma ultrassonografia que poderá confirmar a gravidez ectópica e indicar o tratamento mais adequado para solucionar o problema.
Tratamento:
Uma gravidez ectópica deve ser encerrada tão breve quanto possível para salvar a vida da mulher. Na maioria das mulheres, o feto e a placenta devem ser removidos cirurgicamente, normalmente com um laparoscópio, mas às vezes através de uma grande incisão no abdômen (em um procedimento denominado laparotomia). Durante a cirurgia, os médicos podem remover inteiramente a trompa de Falópio, contendo o feto e a placenta.
Ou eles podem abrir o canal, remover o feto e a placenta e deixar a trompa de Falópio no lugar sem costurá-la. No entanto, deixar a trompa de Falópio no local aumenta o risco de futuras gravidezes ectópicas. Raramente, o útero está tão danificado que torna necessária uma histerectomia.
Frequentemente, o medicamento metotrexato, aplicado como injeção, pode ser usado em vez de uma cirurgia. O medicamento provoca a diminuição e o desaparecimento da gravidez ectópica. Ocasionalmente, a cirurgia é necessária além do metotrexato.