A espinha bífida é definida como uma malformação congênita causada por uma ausência de fusão das estruturas embrionárias da linha média (tubo neural embrionário).
Esta patologia trata-se de uma das lesões da medula espinhal mais comumente observada, podendo afetar toda a extensão da mesma. No caso é gerado um cisto, uma vez que o tecido nervoso salta pelo orifício causado pela malformação, deixando a medula espinhal sem proteção.
O que é espinha bífida?
A espinha bífida nada mais é do que um problema congênito acarretado pela malformação da coluna espinhal e da coluna vertebral do bebê. Ela é desenvolvida a partir do fechamento incompleto do tubo neural que é o responsável pelo desenvolvimento dessas partes do sistema nervoso na criança.
Algumas vértebras do tubo neural que deveriam recobrir a medula espinhal não são formadas, permanecendo abertas e não fundidas. Isso faz com que o tecido nervoso salte, então, pela abertura dos ossos, deixando a medula sem proteção e uma lesão exposta nas costas do bebê, mais comumente na região lombar do recém-nascido.
O problema costuma aparecer nas primeiras quatro semanas de gestação e ainda não tem as causas totalmente comprovadas. Dependendo do tipo de espinha bífida que a criança desenvolver, ela pode afetar a sua saúde para toda a vida.
Causas da espinha bífida:
Os defeitos do tubo neural (anencefalia e espinha bífida) são causados por fatores genéticos e ambientais que ainda não são claros. O risco de contrair uma dessas doenças é de cerca 1 em cada 800 gravidez.
Uma ingestão insuficiente de folato (ácido fólico) pela mãe durante a gravidez aumenta a probabilidade de ter uma criança com espinha bífida. O número de recém nascidos caiu drasticamente nos últimos anos para maior conscientização na ingestão de ácido fólico na fase inicial da gravidez.
Sintomas da espinha bífida:
- Rigidez e dor na coluna;
- Dor e fraqueza nas pernas;
- Dormência das pernas até os pés;
- Preguiça intestinal ou constipação;
- Deformidade anatômica da coluna, pernas e pés;
- Uma anomalia da medula espinhal pode ser identificada pela aparência da pele na parte inferior da coluna.
Tratamentos:
Embora não exista cura para a espinha bífida, um tratamento cirúrgico é recomendado para amenizar o quadro e evitar maiores complicações por meio de recolocação da espinha e fechamento da abertura na coluna vertebral. O que é feito logo nos primeiros dias de vida.
Infelizmente, nem sempre o procedimento consegue impedir alguns problemas neurológicos. As formas de terapia dependem, obviamente, da espécie de deformidade. Na maioria das vezes, oculta, por exemplo, não precisa de intervenções médicas.
Em um quadro de mielomeningocele, logo após o nascer e até ser operado, o bebê precisa ser mantido deitado de barriga para baixo. Além disso, a lesão aberta deve ser coberta com compressas de soro fisiológico para evitar infecção.
Se o caso sacra com hidrocefalia, a cirurgia serve para drenar o excesso de líquido do cérebro para o abdômen, para evitar ou minimizar as consequências.
Fisioterapia específica cística também ajuda bastante, uma vez promove a independência da criança. Além disso, ela ajuda a andar, usar uma cadeira de rodas, controlar os músculos da bexiga e intestinos, a prevenir contraturas e deformidades.