A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central onde ocorrem intensas descargas elétricas que não podem ser controladas pela própria pessoa, causando sintomas como movimentos descontrolados do corpo e mordida da língua, por exemplo.
Esta doença neurológica não tem cura, mas pode ser controlada com os medicamentos indicados pelo neurologista, como Carbamazepina ou Oxcarbazepina. Na maioria dos casos, quem tem esta condição pode ter uma vida normal, porém deverá realizar o tratamento por toda a vida para evitar as crises.
O que é epilepsia?
Ela é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se.
Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.
Causas da epilepsia:
A epilepsia é caracterizada por crises repetidas e há mais de um tipo de crise epiléptica. Portanto, qualquer pessoa pode passar por uma crise epiléptica isolada, o que não significa necessariamente que esta pessoa sofra da doença.
Porém, ela pode ser, também, genética ou adquirida, também chamada de epilepsia secundária ou sintomática, e algumas possíveis causas para esses tipos são:
- Traumas durante ou após o parto;
- Excesso de álcool e drogas;
- Lesões cerebrais, devido a traumatismos na cabeça;
- Infecções;
- Doenças neurológicas.
Sintomas da epilepsia:
- Perda da consciência;
- Contrações dos músculos;
- Mordida da língua;
- Incontinência urinária;
- Confusão mental.
Além disso, nem sempre a epilepsia se manifesta por espasmos dos músculos, como acontece no caso da crise de ausência, em que ao indivíduo fica parado, com olhar vago, como se estivesse desligada do mundo durante cerca de 10 a 30 segundos. Conheça outros sintomas deste tipo de crise em: Como identificar e tratar a crise de ausência.
Diagnóstico:
Para diagnósticar a Epilpsia é necessario fazer exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica.
Se o portador não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, conseqüentemente, na busca do tratamento adequado.
Tratamentos:
O tratamento é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida.
Sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.
O que fazer durante uma crise epilética?
- Nunca tente parar uma crise epiléptica, nem segurar a vítima. Para ajudá-la, siga as dicas abaixo:
- Coloque o indivíduo de lado com a cabeça para baixo para que ele possa respirar melhor e não se engasgar;
- Coloque um apoio confortável embaixo da cabeça, para evitar que o indivíduo bata a mesma, podendo causar um traumatismo;
- Afrouxe as roupas do indivíduo;
- Retire objetos que estejam perto do indivíduo que possa feri-lo;
- Conte o tempo de duração da crise.