A dislexia é uma condição genética e hereditária da linguagem, de origem neurobiológica que afeta 20% da população e representa 80-90% dos que têm dificuldades de aprendizagem e se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo símbolo gráfico ou escrito.
Também compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender até mesmo um texto. Em diferentes graus, os portadores desta condição não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de dislexia, o transtorno pode acometer de 0,5% a 17% da população de todo o mundo, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
Quais as causas da dislexia?
Estudiosos concordam com a origem multifatorial da dislexia, ou seja, com a ideia que suas causas podem ser genéticos e ambientais.
Na prática, quem não tem dislexia utiliza três áreas do cérebro enquanto está lendo. A primeira faz a identificação das letras, a segunda parte faz com que entendamos o significado da palavra. Depois, uma terceira área processa todas as informações.
Em uma pessoa com dislexia, as duas primeiras áreas são menos ativas. Em compensação, a parte frontal é obrigada a trabalhar mais e até o lado direito do cérebro é ativado.
As causas mais comuns são:
- mau funcionamento, atraso no amadurecimento do sistema nervoso central, ou falha na comunicação entre os neurônios, o que dificulta as funções de coordenação;
- Origem neurobiológica;
Perturbações no parto ou início da vida.
Sintomas de dislexia:
Os sintomas na infância incluem:
- A criança não entende o que ouve;
- Começar a falar mais tardiamente;
- Atraso no desenvolvimento motor como engatinhar, sentar e andar;
- Problemas em dormir;
- Dificuldade em aprender a andar de triciclo;
- Dificuldade em se adaptar à escola;
- Choro e inquietação ou agitação com frequência;
- A criança pode ser hiperativa ou hipoativa.
Tratamentos:
Primeiro, ao buscar um diagnóstico de dislexia com um médico pediatra, o mesmo fará primeiramente uma investigação, perguntando sobre as consultas anteriores, o desenvolvimento na infância e analisando outras possíveis causas físicas que poderiam tornar a leitura difícil, como a audição ou até mesmo problemas oculares.
Depois, o médico irá procurar por sinais de outros problemas que poderiam causar dificuldades de leitura. Estes poderiam incluir: distúrbios de coordenação motora, de déficit de atenção, hiperatividade, depressão, ansiedade e distúrbios da tireoide. Caso o médico encontre uma causa física, poderá encaminhar o paciente a um especialista para outros tipos de avaliações.