Daltonismo: o que é, causas, sintomas e tratamentos
O daltonismo é uma condição onde o portador não consegue distinguir certas cores, como a visão é um dos sentidos mais importantes, pois sem a visão, somos quase que indefesos e a necessidade de outro alguém para fazer as tarefas mais simples do dia-a-dia. Além disso, o Daltonismo pode parecer uma condição distante, mas existem cerca de 180 milhões de pessoas daltônicas em todo o mundo.
A causa do Daltonismo é genética e está ligada ao cromossomo X. O que acontece é um problema com os pigmentos de algumas cores em células nervosas do olho. No entanto, algumas outras condições podem levar ao Daltonismo. As principais são: diabetes, Alzheimer e Parkinson.
Em maior ou menor grau, essa é a única alteração visual que os daltônicos apresentam. Um grupo muito pequeno, porém, tem visão acromática, ou seja, só enxerga tons de branco, cinza e preto.
O que é o Daltonismo
Daltonismo, também conhecido como discromatopsia ou discromopsia, é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos olhos, ou de lesão de origem neurológica.
O Daltonismo pode dificultar o aprendizado e a execução de atividades rotineiras, como comprar frutas, escolher roupas e diferenciar as luzes dos semáforos. Tais problemas, no entanto, são considerados menores pela literatura médica devido à capacidade de adaptação da maioria dos daltônicos. Indivíduos portadores de cegueira das cores também podem ter acuidade visual reduzida.
O distúrbio, que era conhecido desde o século XVIII, recebeu esse nome em homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar a anomalia da qual ele mesmo era portador.
Tipos de daltonismo:
Divididos em três grupos, existem sete tipos de manifestação da doença. São eles:
1. Monocromacia:
Um tipo raro de daltonismo e que afeta os três receptores de cores. Também chamado de visão acromática, restringe os daltônicos à distinção do preto, do branco e dos tons de cinza, ocorrendo, assim, apenas a percepção de luminosidade, sem a presença das cores.
2. Dicromacia:
Redução ou deficiência total de um dos receptores de cor. A dicromacia também pode apresentar deficiência em dois tipos de receptores e causar a distinção em somente uma das cores em geral, o verde ou vermelho. Esse grupo de daltonismo pode se apresentar das seguintes formas:
3. Protanopia:
A protanopia é o tipo mais comum de daltonismo, caracterizado pela ausência dos receptores protan, que impossibilita identificar tons vermelhos e seus derivados. A pessoa enxerga em tons bege, marrom ou cinza, o vermelho e o verde tendem a ser semelhantes, e as cores aparentam ser mais escuras do que realmente são.
4. Deuteranopia:
A deuteranopia é a ausência dos receptores deuteran, que impossibilita identificar os tons verdes. Semelhante a protanopia, a pessoa também enxerga em tons marrons.
5. Tritanopia:
A tritanopia é o tipo mais incomum entre as dicromacias, caracterizado pela ausência dos receptores tritan, que impossibilita identificar os tons de azul e o amarelo. Nesse caso, os daltônicos veem as cores em tonalidades diferentes, semelhantes ao rosa-claro.
Sintomas do daltonismo:
Os sintomas são, habitualmente, os seguintes:
- Dificuldade em distinguir as cores;
- Incapacidade de ver tons ou tons da mesma cor;
- Movimentos oculares rápidos (em casos raros).
Os sintomas são frequentemente observados pelos pais quando os filhos são jovens. Noutros casos de discromatopsia, os sintomas são tão reduzidos, que nem são perceptíveis. Em muitas situações de dalt onismo infantil, os sinais e sintomas não são sequer perceptíveis pelas crianças ou pelos pais. A criança acredita que vê bem e sem qualquer dificuldade de distinção de cores, pois sempre foi a visão que teve
Fatores de risco:
O daltonismo é uma doença recessiva e está diretamente relacionada ao cromossomo X. O sexo masculino é determinado pelos cromossomos X e Y e o feminino por dois cromossomos X, que são herdados dos pais. A mãe sempre fornecerá um cromossomo X e o pai poderá fornecer o X ou Y ao bebê. Por ser uma doença recessiva, o daltonismo só irá se manifestar em pessoas que tiverem uma alteração em todos os cromossomos X presentes no corpo.
Ou seja: a mulher precisa herdar o cromossomo alterado tanto do pai quanto da mãe, enquanto que o homem só precisa herdar o X alterado da mãe, uma vez que estará recebendo o cromossomo Y do pai. Mas não são somente fatores genéticos que podem levar uma pessoa a desenvolver daltonismo, embora este seja bem mais comum em pessoas que apresentam o distúrbio por herança genética
Causas do daltonismo:
A causa mais comum do daltonismo é realmente a genética. Ele é causado quando ocorre um distúrbio no cromossoma X que prejudica o pigmento de algumas cores nas células nervosas do olho localizada na retina.
Além da má formação genética, o daltonismo pode ser provocado por alguns outros fatores como algumas doenças no sistema nervoso como Parkinson e Alzheimer, pela anemia falciforme, leucemia e diabetes. Outras doenças da vista também podem provocar o daltonismo, como o glaucoma e degeneração macular.
Grande exposição a determinados produtos químicos, alguns medicamentos utilizados no tratamento de problemas psicológicos e de hipertensão podem também provocar o daltonismo. Ainda com o avanço da idade, quando a capacidade de enxergar é reduzida, dificuldades para diferenciar as cores ocorre naturalmente, caracterizando o daltonismo.
Diagnóstico de daltonismo:
Existem algumas técnicas utilizadas para diagnosticar o daltonismo. A mais utilizada é o Farnsworth, que é um teste que utiliza de bandejas plásticas com capsulas com cores diferentes, o paciente precisa organizar estas cápsulas respeitando a ordem de cor indicada. Se o avaliado errar a ordem ou a posição das cores, o daltonismo é diagnosticado.
Já o diagnóstico nos pequenos é primeiramente realizado pelos pais, que devem observar se a criança apresenta alguma dificuldade com as cores, fácil de perceber durante as atividades escolares. Se notado alguma dificuldade, a recomendação é que procure o mais breve possível um oftalmologista para que ele possa realizar o teste passar as recomendações necessárias.
Tratamentos do daltonismo:
Infelizmente, o daltonismo não tem cura e pode interferir em atividades do dia a dia. No entanto, pode ser feito um tratamento para que suas consequências sejam minimizadas. Existem lentes de contato e óculos especiais que auxiliam as pessoas a distinguir cores muito semelhantes.
É importante buscar um oftalmologista para que o diagnóstico seja realizado com precisão e exames sejam feitos para identificar a doença. Reunimos, abaixo, algumas características do daltonismo.
Uma dúvida muito comum em relação à doença é se ela pode ser curada. Como falamos acima, não tem cura e as pessoas precisam conviver com o diagnóstico. De uma maneira geral, elas conseguem se adaptar de uma forma muito tranquila.
O uso de lentes, óculos especiais ou diminuir a luminosidade dos ambientes são maneiras do daltônico a distinguir melhor as cores. Mas existem algumas limitações. Pessoas com daltonismo não são aptas a seguirem algumas profissões como pilotos de aeronaves, atiradores, motoristas profissionais ou qualquer uma que exija uma visão perfeita.
Recomendações:
No Brasil, os portadores de daltonismo têm garantidos os direitos estabelecidos na “Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Pessoas Portadoras de Deficiência”. Fique atento.
Ser daltônico não é empecilho para o desenvolvimento normal da criança, nem para o aprendizado. Tanto as escolas públicas quanto as particulares devem promover alterações no material didático a fim de possibilitar o acesso à informação dos alunos com dificuldade de distinguir as cores.
As formas mais leves de daltonismo pouco interferem na qualidade de vida das pessoas que podem tirar carta de motorista, uma vez que é possível associar a cor do símbolo à posição da luz nos semáforos e entender o que isso significa. É uma disfunção que faz a pessoa ver as cores de forma diferente. Por isso, é um distúrbio que merece ser considerado na hora de escolher algumas profissões.