O câncer de pâncreas é um tipo de tumor maligno que afeta o pâncreas, e pode apresentar alguns sintomas, como pele amarelada, coceira no corpo, dor na barriga, dor nas costas ou perda de peso, por exemplo, e a quantidade e intensidade variam de acordo com o tamanho do tumor, o local afetado do pâncreas, os órgãos ao redor atingidos e se há ou não metástases.
A maioria dos casos de câncer de pâncreas não apresenta sintomas na fase inicial, ou apenas muito leves, o que dificulta a sua identificação. Entretanto, quando estes sintomas estão intensos ou quando outros sinais e sintomas surgem, é possível que se esteja em uma fase avançada.
O que é câncer de pâncreas?
O pâncreas é responsável não só pela produção de suco gástrico como também é responsável pela produção de hormônios, como a insulina. O carcinoma ductal do pâncreas é originado das células que recobrem os ductos pancreáticos por onde o suco pancreático é conduzido até ser secretado no duodeno. Este é o tipo mais comum e também o mais agressivo de câncer de pâncreas. Outros tipos, como os tumores neuro-endócrinos, são menos agressivos e mais raros.
A agressividade do câncer de pâncreas vêm de suas habituais disseminações linfática (acometendo gânglios linfáticos ao redor da lesão) e também hematogênica (disseminação de células tumorais para órgãos à distância através da corrente sanguínea).
Quais são os sintomas do câncer de pâncreas?
Os sintomas mais frequentes do câncer de pâncreas são perda de peso, dor na parte superior do abdômen, icterícia (amarelão da pele e olhos). Além disso, anorexia (perda de apetite) e graus variados de desnutrição podem estar presentes a depender do quão avançada se encontra a doença.
A icterícia se dá pela obstrução do colédoco (ducto de drenagem das vias biliares do fígado que carregam a bilirrubina). Devido à compressão ou invasão do colédoco por lesões na cabeça do pâncreas, há acúmulo de bilirrubina e esta passa para circulação sanguínea e seus derivados acumulam-se nos tecidos levando a cor amarelada da pele e das escleras, deixando os olhos amarelados.
O que causa o câncer de pâncreas?
A causa da maioria dos casos de câncer de pâncreas ainda é desconhecida. O que se sabe é que muitos fatores de risco tornam uma pessoa mais propensa a desenvolver a doença. Alguns desses fatores afetam o DNA das células pancreáticas, provocando o crescimento de células anormais que podem formar o câncer.
O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso. Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células.
Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncógenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células a morte no momento certo são denominados genes supressores de tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.
Mutações genéticas hereditárias:
Algumas alterações hereditárias do DNA podem aumentar o risco de câncer de pâncreas.
Mutações genéticas adquiridas:
Na maioria das vezes, as mutações no DNA de genes relacionados ao câncer de pâncreas ocorrem durante a vida de uma pessoa. Às vezes, estas mutações adquiridas resultam da exposição a produtos químicos cancerígenos, como os encontrados na fumaça do tabaco.
Mas, muitas vezes a causa dessas alterações é desconhecida. Muitas mutações genéticas são provavelmente devido apenas a eventos aleatórios que ocorrem dentro de uma célula, sem uma causa externa.
Qual é o tratamento para câncer de pâncreas?
A cura do câncer de pâncreas só é possível quando este for detectado em fase inicial. Nos casos passíveis de cirurgia, o tratamento mais indicado é a resseção, dependendo do estágio do tumor.
Em pacientes cujos exames já mostraram metástases à distância ou estão em precário estado clínico, o tratamento indicado para obstrução é a colocação da endo-prótese. A radioterapia e a quimioterapia, associadas ou não, podem ser utilizadas para a redução do tumor e alívio dos sintomas.