A artrite reumatoide é bastante lembrada por causa das articulações. “Ela se caracteriza por grande edema articular com o sintoma de rigidez pela manhã de mais de uma hora e incapacidade física. Considerada uma doença autoimune (sem cura), a artrite ocorre porque o sistema imunológico passa a atacar a si mesmo, inflamando as juntas e, inclusive, comprometendo a saúde de outras regiões do organismo.
Quando uma pessoa reclama frequentemente de dor e de inchaço nas partes do corpo que correspondem às articulações – principalmente, nas mãos e nos pés -, é possível que seu diagnóstico seja de artrite. Um dos grandes problemas relacionados à artrite é que ela pode incapacitar o paciente, justamente porque leva à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as demais atividades do dia a dia.
Contudo, não é preciso se desesperar, uma vez que o tratamento adequado e realizado precocemente pode amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Causas da artrite:
Existem algumas doenças que podem contribuir com o surgimento da artrite reumatoide, como a gota, em que pequenos cristais se formam nas articulações (esse problema afeta, normalmente, a região dos pés); o lúpus, outra enfermidade autoimune, na qual o sistema imunológico pode danificar as articulações, o coração e outros órgãos; e a hepatite viral, na qual uma infecção do fígado pode ocasionar a artrite.
Diagnostico da artrite:
O início da artrite pode ter como característica apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas, normalmente acompanhada de rigidez de movimentos. “O sintoma principal é a dor e a diminuição da função articular, ou seja, da mobilidade das juntas.
Contudo, também é fundamental ficar atento a outros sinais que podem indicar o quadro de artrite, tais como: cansaço, perda de peso, anemia e febre baixa. É impossível prever com exatidão a evolução da artrite, já que ela varia de caso para caso, apresentando padrões diferentes.
Para que o médico consiga determinar um diagnóstico preciso, é necessário haver uma análise da história clínica do paciente, além de exames físicos. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, alguns exames complementares, como de sangue ou de imagem, podem ser úteis, incluindo as provas que medem a atividade inflamatória, o fator reumatoide, Radiografias das articulações atingidas e, eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas, em caso de existirem dúvidas.
A partir dos resultados obtidos, o profissional detecta o quadro que a pessoa apresenta, mas, geralmente, a identificação da artrite é caracterizada quando os critérios abaixo ocorrem com frequência de seis semanas: rigidez articular logo pela manhã, durando em torno de 1 hora; ao menos uma articulação das mãos ou dos punhos afetada pelo inchaço; presença de nódulos reumatoides ao redor da articulação; alterações radiográficas, como descalcificações localizadas nas articulações comprometidas.
Tratamentos para artrite:
É muito importante iniciar o tratamento o quanto antes. Assim, logo após o diagnóstico fechado, o mais recomendado é que o paciente já comece a fazer uso de medicamentos específicos para amenizar os sintomas e conquistar mais qualidade de vida. Os remédios alopáticos (aqueles convencionais vendidos em farmácias) que controlam a doença são os imunossupressores, ou seja, regulam essa autoimunidade exagerada, diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas e outros órgãos.
Como são inúmeras as doenças que acometem as articulações, é possível encontrar os mais diversos medicamentos para tratá-las, variando de paciente para paciente lembrando que eles não curam, apenas aliviam os sintomas.
Esses medicamentos, apesar de serem muito eficazes, têm um início de ação mais lê lenta, podendo demorar algumas semanas a meses para ter sua melhor atuação na atividade da doença. “O uso de anti-inflamatórios também é indicado, tendo-se sempre o cuidado com a função renal e a pressão arterial, uma vez que os pacientes de mais idade costumam apresentar outras doenças, como diabetes e hipertensão”, ressalta a reumatologista Cláudia Velasco.
O mapa da dor de artrite:
logo abaixo, você pode identificar os pontos do corpo mais atingidos pelos efeitos da artrite. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a artrite atinge cerca de 1% dos brasileiros, sendo que qualquer pessoa, desde crianças até idosos, pode desenvolver a doença.
O risco da mortalidade aumenta em até duas vezes em pacientes com artrite. Além disso, pode haver a perda de quatro a dez anos de vida se a doença não for tratada.
- Cotovelo
- Punhos
- Quadris
- Mãos
- Joelhos
- Tornozelos
- Pés
Fitoterapia Tratamentos Para Atrite:
A Artrite também pode ser tratada com a fisioterapia, trazendo uma qualidade de vida muito melhor ao paciente. “Os principais objetivos da fisioterapia no tratamento da Artrite são:
- Reduzir dor e desconfortos;
- Aumentar a amplitude de movimento;
- Prevenir e frear a evolução das deformidades articulares;
- Manter e/ou aumentar força muscular;
- Garantir independência na realização das tarefas do dia a dia.
Confira alguns dos tratamentos e quais são os seus efeitos:
1. Termoterapia:
Trata-se da aplicação de calor no corpo com intuito terapêutico. De uma forma geral, os métodos de aquecimento se classificam em calor superficial e calor profundo, e existem vários equipamentos e formas de aplicação. “O calor superficial é aplicado por meio de lâmpadas de infravermelho, compressas e bolsas de água quente, banhos de parafina, turbilhão ou imersão em água quente.
Já o calor profundo pode ser aplicado por aparelhos de diatermia e ultrassom. A termoterapia acelera o metabolismo local, aumenta a regeneração celular, reduz retrações musculares, aumenta a elasticidade dos tecidos e alivia dores e desconfortos.
2. Cinesiologia:
Técnica realizada por meio de movimentos passivos (o fisioterapeuta realiza no paciente) ou ativos (o cliente realiza sozinho, sob orientação). “Os exercícios têm como objetivo resgatar as qualidades físicas do paciente para que ele recupere sua funcionalidade. Envolvem alongamentos para ganho de força, equilíbrio, agilidade e coordenação.
3. Massoterapia:
Conjunto de manobras manuais com intuito de desfazer pontos de tensão, reduzir retrações musculares, desfazer aderências e fibroses de vários tecidos corporais como em cicatrizes e tendões entre outros objetivos.
4. Crioterapia:
Terapia por meio do resfriamento dos tecidos, com objetivos como analgesia, anestesia, anti-inflamatório e redução de edema. Pode ser aplicado utilizando bolsas e compressas, massagem com gelo, imersão e spray.
5. Eletroanalgesia:
Utilização de corrente elétrica para aliviar a dor. A corrente mais conhecida é a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (Tens).
6. Hidroterapia:
É o tratamento fisioterapêutico de imersão do corpo ou parte dele em água quente (foto). O paciente realiza exercícios dentro de piscinas de água quente. Os principais benefícios são relaxamento muscular, alívio da dor, diminuição de edemas, ganho de amplitude de movimento articular e aumento da força muscular.