Albinismo: o que é, causas, sintomas e tratamentos
O albinismo é uma doença causada por uma falha genética que impede ou diminui drasticamente a produção de melanina. Por causa de seu papel na proteção dos danos causados pelos raios solares, a deficiência de melanina pode acarretar em problemas de visão e de pele. Existem diversos tipos de albinismo.
O mais comum é o oculocutâneo, que afeta os olhos e a pele, mas variações que afetam somente os olhos também podem ocorrer.
Ainda não existe uma cura para o albinismo, mas as complicações causadas pela doença são facilmente tratadas e podem ajudar o albino a levar uma vida normal. A doença atinge 1 em cada 17.000 pessoas ao redor do mundo, sendo comum em países da África subsaariana.
Entretanto, o albinismo não atinge somente os seres humanos. Animais também nascem com a doença e, via de regra, não sobrevivem muito tempo em seu meio natural, pois, além da sua debilidade perante os raios solares, eles também são mais facilmente identificáveis por suas presas e predadores.
A única forma de sobrevivência eficaz para animais albinos é a vida em cativeiro. Por sua beleza e raridade, eles se tornam atração em zoológicos ao redor do mundo.
Mesmo assim, algumas pessoas confundem animais albinos com animais que somente possuem a coloração branca (os leucísticos). Muitas vezes, animais que têm a coloração branca são vendidos como albinos quando, na realidade, só possuem a pele branca.
Causas do albinismo:
O albinismo é causado por uma mutação genética. Diversos genes podem estar envolvidos nas causas da doença, sendo que cada um destes fornece instruções específicas para a produção de várias proteínas envolvidas na produção de melanina.
A melanina é produzida por células chamadas melanócitos, que são encontrados em na pele, no cabelo e nos olhos. A mutação genética pode resultar na ausência total de melanina ou em uma diminuição significativa na quantidade de melanina produzida pelo corpo, levando aos sinais e sintomas clássicos do albinismo.
Sintomas do albinismo:
Pele:
Apesar de a cor da pele ser um dos fatores que mais comumente contribuem para a identificação de uma pessoa com albinismo, ela pode variar em diferentes tons, do branco ao marrom.
Para algumas pessoas com albinismo, a pigmentação da pele não muda nunca. Para outras, no entanto, ela pode aumentar com o passar do tempo, principalmente durante a infância e a adolescência. A produção gradual de melanina pode levar ao surgimento de sardas, pintas e outras manchas na pele.
Cabelo:
A cor do cabelo pode variar também, desde tons muito brancos até o castanho – dependendo muito da quantidade de melanina produzida. Pessoas com albinismo e que tenham ascendência africana ou asiática podem apresentar cabelo louro, ruivo ou castanho. A cor do cabelo também pode escurecer com o passar dos anos, conforme aumenta a produção de melanina.
Cor dos Olhos:
A cor dos olhos de uma pessoa com albinismo pode variar de azul muito claro ao castanho e, assim como a cor da pele e do cabelo, também pode mudar conforme a idade.
Visão:
O albinismo também costuma levar ao surgimento de sinais e sintomas diretamente relacionados à visão, como o movimento rápido e involuntário dos olhos, estrabismo, miopia, hipermiopia, fotofobia, astigmatismo, visão turva e, muitas vezes, podendo levar até mesmo à cegueira.
Diagnóstico do albinismo:
Um diagnóstico completo para o albinismo inclui, primeiramente, um exame físico, descrição de eventuais alterações na pigmentação, exame oftalmológico minucioso e comparação da pigmentação da pele e do cabelo com a de membros da mesma família.
O exame dos olhos incluirá uma avaliação bastante rigorosa, em que serão procurados indícios de nistagmo, estrabismo e fotofobia.
O médico também poderá fazer uso de um dispositivo para inspecionar a retina e determinar se existem sinais de desenvolvimento anormal.
Em geral, é possível determinar um caso apenas por meio da observação clínica, uma vez que a maioria dos casos da doença leva ao desenvolvimento de sintomas bastante característicos.
Tratamento do albinismo:
Não existe cura nem tratamento pois é uma doenças genética hereditária que se passa devido a uma mutação em um gene, porém existem algumas medidas e cuidados que podem melhorar sensivelmente a vida do Albino, como:
- Usar chapéus ou acessórios que protejam a cabeça dos raios solares;
- Usar roupas que protejam bem a pele como camisas de manga comprida;
- Utilizar óculos escuros, para proteger bem os olhos dos raios solares e para evitar a sensibilidade à luz;
- Passar filtro solar de FPS 30 ou mais antes de sair de casa e de se expor aos sol e aos seus raios solares.
Os bebês com este problema genético devem ser acompanhados desde o nascimento e o acompanhamento deve estender-se por toda a vida. Para que o seu estado de saúde possa ser regularmente avaliado, devendo o albino ser frequentemente acompanhado por um dermatologista e por um oftalmologista.
O Albino ao apanhar sol quase não fica bronzeado, ficando apenas sujeito a possíveis queimaduras solares e por isso, sempre que possível a exposição direta ao raios solares deve ser evitada para evitar eventuais problemas como o câncer de pele.