A síndrome de raynaud é uma condição médica em que, por uma série de motivos, ocorre diminuição do calibre de pequenas artérias das extremidades do nosso corpo. Mais comumente, afetam dedos das mãos e/ou dos pés. Porém, isso também pode acontecer (com menos frequência) no nariz, nas orelhas e até mesmo no pênis, pois todos esses locais são considerados extremidades do corpo.
Classificações da síndrome de raynaud:
1. Primária: É uma classificação utilizada para apontar um paciente que não possui outra doença. Em maioria, as pessoas com a síndrome de raynaud são consideradas em caso primário, ou seja, sem uma patologia implícita.
Pesquisas apontam que em por volta de 30% dos casos, os enfermos têm um parente de primeiro grau com o mesmo problema. Isso indica que a genética pode influenciar no distúrbio, mas até hoje, nenhum gene foi detectado pela ciência ou pela medicina.
2. Secundária: É uma classificação que aponta quando existe outra doença associada à Síndrome. Existem muitas causas para secundário, por problemas nos vasos sanguíneos, alteração no controle do sistema nervoso ou circulação anormal.
As patologias mais comuns, que se associam as reumáticas, em especial: a esclerose sistêmica, a Síndrome de Sjögren, o lúpus eritematoso sistêmico, a doença mista do tecido conjuntivo, e a dermatomiosite.
Causas da síndrome de raynaud:
- Pode acontecer quando a pessoa entra em um local frio, abre um freezer ou coloca as mãos na água fria.
- Algumas pessoas experimentam sintomas quando enfrentam estresse, mesmo sem uma queda associada de temperatura.
Em indivíduos saudáveis, o sistema circulatório nas extremidades, como os dedos das mãos e dos pés, reage a conservar o calor em condições frias. As pequenas artérias que fornecem a pele com oxigênio estreita para minimizar a quantidade de calor perdida através da superfície da pele exposta.
Em pessoas esse estreitamento é excessivo. Isto é o que faz com que os vasos sanguíneos quase fechem.
Sintomas da síndrome de raynaud:
Os principais sintomas da síndrome de raynaud são:
- Mudança de cor dos dedos: primeiro tornam-se pálidos, depois podem ficar amarelados e a seguir ficam azuis devido ao fluxo inadequado de sangue, e voltam a seguir à coloração avermelhada, quando a circulação regressa ao normal;
- Sensação pulsante e dolorosa quando a circulação é retomada;
- Podem surgir pequenas erupções ou mudanças na textura da pele.
- Ter as pontas dos dedos esbranquiçadas ou amareladas e frias como se não tivesse sangue nestes locais é um dos sintomas mais importantes da doença.
Tratamentos:
Geralmente não necessita de um tratamento específico, podendo ser solucionada apenas com o aquecimento do local, mas é importante consultar um médico se a região afetada ficar muito escura, porque pode indicar a morte dos tecidos por falta de oxigenação, nem sempre sendo possível salvar a área atingida, podendo levar ao amputamento.
Em regiões muito frias, recomenda-se o uso de luvas e meias, para que não se chegue aos casos extremos. Outra orientação é evitar o fumo, já que a nicotina reduz o fluxo de sangue para as extremidades, o que pode causar a gangrena.