A septicemia, também conhecida como sepse, sépsis ou infecção generalizada, ocorre quando bactérias, vírus ou fungos invadem a circulação sanguínea de um ou mais órgãos (como pulmão, pele, abdomem, rins, bexiga, sistema nervoso central, etc) diante de uma infecção já existente anteriormente.
A sepse é desencadeada pela invasão da corrente sanguínea por agentes infecciosos (principalmente bactérias, mas também vírus ou outros microrganismos), por isso, é habitualmente chamada pelo público leigo de “infecção do sangue”, mas pode continuar mesmo depois que os agentes infecciosos que a causaram não mais estão presentes.
Sempre que nosso corpo é invadido por microrganismos, nosso sistema imunológico é ativado para que possamos combater o agente invasor. Uma das formas usadas pelas nossas células de defesa para atacar agentes invasores é através da liberação de mediadores químicos que provocam uma resposta inflamatória.
A inflamação que surge em locais infectados não é provocada pela bactéria em si, mas sim pela resposta imunológica do corpo. A inflamação é uma forma de defesa do organismo. A vermelhidão, a dor, o calor, o inchaço e o pus, característicos de feridas infectadas, são, a grosso modo, o resultado da “batalha” entre o sistema imunológico e os germes invasores.
O que é septicemia?
Também conhecida como infecção generalizada, septicemia ou síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS), a sepse é uma manifestação inadequada do organismo diante de uma infecção.
Inicia-se com uma infecção local e que provoca uma infecção sanguínea mais grave, pois o corpo, ao tentar combater a primeira, acaba comprometendo o funcionamento de todos os órgãos. Dessa forma, se torna letal.
Pois a pessoa acometida pela inflamação pode não suportar devido a uma disfunção ou falência de múltiplos órgãos. No Brasil, a doença atinge cerca de 400 mil pessoas por ano e é fatal para metade delas.
Quais são as causas da septicemia?
A septicemia (sepse) é causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus ou fungos), ocorrendo em:
- Infecções pré-existentes agravadas e não tratadas corretamente (como, por exemplo, pneumonias, apendicite, abscessos, meningite, infecções hepáticas, urinárias e renais, feridas graves, queimaduras, etc);
- Cirurgias em locais contaminados por estes agentes;
- Crianças que nasceram prematuras, recém-nascidas, portadores de doenças crônicas ou idosos, que possuem imunidade baixa;
- Qualquer pessoa debilitada com sistema imunológico enfraquecido, como, por exemplo, quem faz quimioterapia, está internado em uma UTI, usa cateter intravenoso ou tubo respiratório, usuários de drogas ou com HIV.
Sintomas da septicemia:
Os sintomas da septicemia surgem muito rapidamente e são mais frequentes após uma cirurgia ou quando se tem outra infecção no corpo. Alguns dos sintomas iniciais incluem:
- febre constante acima de 38ºC;
- Calafrios;
- Respiração muito rápida;
- Batimentos cardíacos acelerados.
- Quando a septicemia não é tratada inicialmente, podem ainda aparecer outros sintomas mais graves como;
- Enjoos e vômitos;
- Confusão e dificuldade para pensar;
- Pintinhas vermelhas na pele;
- Diminuição da quantidade de urina.
Assim que surgem estes sintomas é aconselhado ir imediatamente ao hospital para confirmar se se trata de um caso de septicemia, devendo-se evitar ficar em casa avaliando se os sintomas melhoram com o tempo.
Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de evitar complicações graves como sepsis e falência dos órgãos internos.
Como diagnosticar?
Assim que aparecem os sintomas e a pessoa procura o hospital, o médico logo avaliará o caso através de alguns exames, como, por exemplo, o de sangue (contagem de leucócitos, plaquetas, etc), urina, pulsão lombar, radiogradias, ressonância magnética e tomografias computadorizadas.
A fim de identificar que tipo de agente infeccioso está causando a septicemia e indicar o tratamento correto para o problema. Dessa forma, é de extrema importância iniciar o tratamento o quanto antes, a fim de aumentar as chances de recuperação e evitar que os agentes se espalhem para outros órgãos do corpo.
Há tratamento para septicemia?
O tratamento da septicemia dura conforme sua gravidade (em média 10 dias) e se dá através de:
Antibióticos prescritos pelo médico: assim que tipo de agente infeccioso é descoberto através dos exames, o médico indica o melhor antibiótico a ser administrado para combatê-lo.
Medicamentos para controle da pressão arterial: quando um dos sintomas é a queda da pressão, são utilizados remédios para este fim, sendo que o paciente pode passar mais tempo no hospital para controlá-la.
Insulina: é administrada quando o nível de açúcar no sangue está instável. Internação em UTI: para monitoramento contínuo dos sinais vitais, alimentação por uso de agulhas (soro e medicamentos) ou sonda para repor os líquidos e sais minerais perdidos.
Ou até mesmo uso de respirador artificial para receber oxigênio, dependendo da gravidade do problema. Cirurgias: somente quando há abscessos como fonte de infecção que precisam ser removidos.
Como Prevenir?
Para evitar o aparecimento de uma septicemia, siga as dicas abaixo:
- Respeite o calendário de vacinação das crianças, sempre mantendo-o em dia;
- Lave sempre muito bem as mãos com água e sabão;
- Sempre trate qualquer infecção, mesmo que pareça simples, de maneira adequada;
- Evite se automedicar, principalmente usar antibiótico sem recomendação médica;
- Nunca interrompa o uso de medicamentos sem o conhecimento de seu médico;
- Busque ajuda médica para qualquer sinal de febre, seja em criança ou adulto;
- Cuide-se ao ficar próximo de pessoas doentes;
- Busque por uma boa qualidade de vida, como dieta saudável e prática de exercícios físicos regulares, além de evitar o abuso de álcool e outras drogas.