A esofagite é a inflamação do esôfago, que liga a boca ao estômago, que pode ser causada pelo refluxo gástrico, que se dá quando o conteúdo ácido do estômago entra em contato com a mucosa do esôfago. Ela gera sintomas como azia e gosto amargo na boca, mas quando o paciente segue corretamente a dieta para esofagite, pode haver cura.
O que é esofagite?
A esofagite é uma inflamação do esôfago (canal que conduz o alimento até o estômago). Quando não diagnosticada e tratada precocemente, causa alterações em sua estrutura, bem como em sua função.
Dentre os sintomas que podem caracterizar a condição está uma dor no peito referente à azia gerada pelos problemas de deglutição que são causados. Ela afeta, em grande parte dos casos, pessoas na faixa dos 55 anos de idade ou mais.
Quais as causas da esofagite?
A esofagite é causada pelo refluxo do fluido ácido do estômago para o esôfago ou por alguma substância cáustica ingerida. Uma causa frequente de grave é a ingestão acidental ou deliberada (com intento suicida) de soda cáustica. Ela também pode ser causada por uma doença autoimune chamada eosinofílica.
O risco da esofagite torna-se aumentado pela presença de alguns fatores, como álcool, fumo, cirurgia ou radiação torácica e vômitos. Pessoas com debilidade do sistema imunológico ou em uso constante de determinados medicamentos (como corticoides, por exemplo) podem desenvolver infecções por fungos, cândida ou vírus, que levam à doença.
Tipos de esofagite:
Refluxo:
Em nosso aparelho digestivo, existe uma estrutura parecida com uma válvula que impede que os ácidos contidos dentro do estômago voltem para o esôfago. Se essa estrutura não funciona corretamente, o paciente é diagnosticado com a Doença do Refluxo Gastroesofágico, em que os ácidos estomacais voltam ao esôfago com bastante frequência. Uma das complicações possíveis dessa condição, com quadro de inflamação crônica e danos no tecido que reveste o esôfago.
Eosinófilos:
Eosinófilos são células sanguíneas responsáveis pela defesa ou imunidade do organismo, que ajudam na regulação de inflamações e participam ativamente na ação contra reações alérgicas. A de eosinófilos acontece quando há uma alta concentração dessas células na região do esôfago, em resposta à ação de um agente alérgico.
Geralmente, pessoas infectadas com este tipo têm alergia a um ou mais alimentos, como leite, ovos, trigo, soja, amendoins, feijão, centeio e carne bovina, mas também podem apresentar alergias ao pó, por exemplo.
Causada por medicamento:
Vários medicamentos de via oral podem causar danos nos tecidos, principalmente se estes permanecerem em contato com o forro do esôfago por muito tempo. Além disso, tomar remédios com pouca ou sem água também é considerado um risco, pois a pílula pode entalar no esôfago e acabar causando a inflamação.
Infecciosa:
Também pode ser causada por infecção viral, bacteriana, fúngica ou por meio de um parasita no tecido que reveste o esôfago. A infecciosa é o mais raro dos tipos de inflamações no esôfago, e surge mais em pessoas com problemas de baixa imunidade principalmente os portadores de HIV/AIDS ou câncer.
A causa mais comum deste tipo é o fungo Candida albicans, normalmente presente na boca. No entanto, alguns fatores contribuem para a contaminação, especialmente imunidade baixa, diabetes, câncer e uso de antibióticos.
Quais os sintomas da esofagite?
Os sintomas da esofagite são, muitas vezes, semelhantes aos do refluxo gastroesofágico, porém um pouco mais intensos. Além desses, pode ser que outros sintomas venham a aparecer, como dificuldade na deglutição e mau hálito.
- azia, que começa na altura do estômago e pode atingir a garganta;
- Dor no peito, às vezes tão intensa que chega a ser confundida com a dor da angina ou do infarto;
- Dor nas costas (dorsalgia), irradiada da dor no peito.
- Disfagia (dificuldade para engolir);
- Sangue nos vômitos e fezes, quando a inflamação é mais acentuada;
- Gosto amargo na boca;
- Mau hálito;
- Rouquidão;
- Dor de garganta;
- Tosse.
Diagnóstico:
Inicialmente, o médico deve colher uma detalhada história clínica do paciente e pode valer-se também de uma endoscopia digestiva alta e de exames radiológicos contrastados com bário. Um fragmento de tecido do esôfago pode ser colhido durante a endoscopia, para uma biópsia.
Tratamento para esofagite:
O tratamento adequado depende do tipo de esofagite que o paciente possui, por isso é sempre aconselhável procurar um médico, mas, na maior parte dos casos, o tratamento é medicamentoso.
No caso da Esofagite causada pelo refluxo gastroesofágico pode ser indicado o tratamento cirúrgico para reparo da válvula que separa o esôfago do estômago, mas ele só é indicado em casos extremos. Na esofagite de eosinófilos a dieta balanceada, sem elementos que causem a alergia, é o melhor tratamento.
Na infecciosa o médico deve prescrever um medicamento específico para o tipo de infecção que causou a doença naquele paciente, seja ela viral, bacteriana, fúngica ou por meio de parasita.
Já na causada por medicamentos é indicado trocar os remédios em uso que podem ter causado o problema ou substituí-lo por uma versão líquida.