A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, e pode se manifestar em três estágios, os sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer.
O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.
O que é sífilis?
É uma infecção Sexualmente Transmissível (IST) ou Doença Sexualmente Transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. Esta doença é um mal silencioso, após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente.
Principais causas:
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, esta que geralmente é transmitida via contato sexual, entrando no corpo humano por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas. Além disso, quando a sífilis é curada ela não corre o risco de reaparecimento, a não ser que o paciente seja infectado novamente por alguém que esteja contaminado.
Sintomas da sífilis:
São conhecidos quatro estágios da doença: estágio primário, secundário, período latente e terciário.
Estágio primário: as primeiras lesões aparecem em três semanas após a infecção, desaparecendo sozinha em algumas semanas. Além disso, essas lesões são chamadas de “cancro” ou úlceras e não são visíveis. Não existem sintomas neste estágio. O risco de contágio é grande.
Estágio secundário: As lesões aparecem entre seis semanas e seis meses da infecção. As lesões, nesta fase, são visíveis e se localizam nas regiões palmar e plantar. Pode ocorrer também perda de cabelo, febre e mal estar.
Período de latência: se caracteriza pela não exibição dos sintomas e dura de 2 a 4 anos. Ocorre somente a transmissão materno fetal (sífilis congênita). Esse período é interrompido quando há o aparecimento de sintomas dos estágios secundário e terciário.
Estágio terciário: é caracterizado pela destruição dos tecidos infectados. Surge de dois a 40 anos após a infecção inicial. Além disso, os sinais apresentados são: lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas (demência, convulsões, perda de controle de movimentos, paralisia parcial), podendo levar à morte.
Diagnóstico Sorológico:
Na sífilis primária, quando aparece o cancro duro, ainda não houve tempo do organismo produzir anticorpos contra o Treponema pallidum, por isso, os exames de sangue costumam estar negativos nesta fase. A confirmação laboratorial pode ser feita após coleta de material da úlcera para visualização direta da bactéria em microscópio.
Nem sempre esse exame é necessário, uma vez que a úlcera genital da sífilis é bem característica. Além disso, geralmente o médico inicia tratamento baseado apenas em dados clínicos, esperando uma ou duas semanas para confirmar o diagnóstico laboratorialmente.
Tratamentos da sífilis:
O tratamento mais comumente utilizado é a benzatina (um tipo de penicilina). Outros antibióticos podem ser usados como a azitromicina, a doxiciclina e a tetraciclina. Existe um tabu para a procura por tratamento para DST de um modo geral.
Isso ocorre porque essas doenças são estigmatizadas como sendo associadas à promiscuidade e os indivíduos contaminados ficam com receio de procurar ajuda médica. Por conta disso, a incidência destas doenças e mais especificamente a da sífilis está aumentando. Além disso, ao menor sinal de sintomas, deve-se procurar ajuda médica.