A bronquite é uma condição que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Muitas pessoas sofrem com este problema e, apesar de ser uma situação relativamente comum, pode causar sérios problemas, principalmente para crianças. Certa vez eu escutei uma frase que faz todo o sentido.
O melhor tratamento para qualquer doença é a informação! E por isso citaremos aqui algumas informações relevantes, dicas e formas de tratamento de uma doença que, caso não tratada devidamente, pode gerar sérias consequências.
O que é a bronquite?
A bronquite é uma doença que afeta as vias aéreas, especificamente as estruturas chamadas de brônquios, por onde passa o ar em direção ao pulmão. O problema surge diante do contato do corpo com vírus e outros organismos e substâncias, que acabam provocando uma inflamação e um estreitamento exagerado dos brônquios. A bronquite pode ser dividida em dois tipos: aguda e crônica.
Tipos de bronquite:
A bronquite pode ser classificada em aguda e crônica, a diferença é bem grande, então, então confira como diferenciar:
Aguda:
A bronquite aguda é, na maioria das vezes, provocada por uma infecção viral dos brônquios, conseqüência de uma gripe ou resfriado, no inverno, em um local com muita fumaça ou quando há poluição no ar.
É quando ocorre bruscamente, e dura somente alguns dias, por isso o nome bronquite aguda em oposição e não a crônica.
Crônica:
A bronquite crônica é frequentemente causada pelo tabagismo ou poluição do ar, essas substâncias irritam os brônquios e o trato respiratório.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere-se a bronquite crônica se os sintomas estão presentes por pelo menos três meses por ano, durante dois anos consecutivos ou mais, com falta de ar mais ou menos intensa e crises de asma.
Durante o ano, podem ocorrer frequentes episódios de exacerbações agudas (surtos) que se manifestam com aumento de tosse e de expectoração, provocando maior obstrução à passagem do ar para os brônquios e para os pulmões.
Em alguns casos, a esse tipo pode coexistir com enfisema pulmonar (um processo lento de degeneração do tecido pulmonar). Você também deve saber que cerca de 50% dos casos de bronquite crônica leva à insuficiência respiratória.
Sintomas de bronquite:
A tosse é o principal sintoma de ambos os tipos. No entanto, ainda que tenham alguns sinais comuns, essas duas formas se manifestam de maneira diferente. Veja abaixo os principais sinais de cada uma.
Aguda:
- tosse seca, que evolui ao longo dos dias para uma tosse produtiva, com expectoração de muco;
- febre baixa, menor que 38 graus, com duração entre 3 e 5 dias;
- dor de cabeça;
- rouquidão;
- dor de garganta;
- complicações respiratórias ou bacterianas, como a pneumonia.
Crônica:
- tosse com expectoração — no início a secreção é clara, mas, com a evolução da doença, torna-se amarela e espessa;
- falta de ar;
- chiado;
- dores musculares, devido ao esforço para tossir;
- complicações respiratórias.
Causas da bronquite:
Aguda:
A bronquite é geralmente causada por vírus. A doença costuma estar acompanhada de uma outra infecção viral respiratória, como gripes e resfriados. No início, ela afeta o nariz, a garganta e, depois, se espalha para os pulmões.
Às vezes, pode-se contrair uma infecção bacteriana secundária nas vias respiratórias. Isso significa que uma bactéria infectou as vias respiratórias, além do vírus.
Crônica:
O fumo é o principal responsável pelo desenvolvimento da bronquite crônica. Poluição e a emissão de gases tóxicos no meio ambiente ou no ambiente de trabalho também estão entre as prováveis causas. A bronquite crônica é um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Grupos de risco:
Essa doença, muitas vezes, pode ser diagnosticada em pessoas de várias idades e, em sua maioria, no inverno.
- A bronquite aguda é uma das doenças infecciosas do pulmão mais comuns que existem e é comum atingir crianças com menos de 5 anos de idade.
- Já a crônica tem uma estimativa de atingir cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil e aparece mais frequentemente em indivíduos com mais de 50 anos.
Os grupos de risco variam de acordo com o tipo, conforme os itens abaixo:
- Grupo de risco bronquite aguda: Idosos, crianças e bebês, fumantes, pessoas com problema cardíaco ou pessoas que já sofram de doença pulmonar.
- Grupo de risco bronquite crônica: De acordo com um estudo realizado por pesquisadores sul-coreanos, pessoas que roncam tendem a desenvolver esse tipo.
Tratamento da bronquite
O tratamento da bronquite pode ser feito com o uso de remédios broncodilatadores, anti-inflamatórios, corticoides, expectorantes ou mucolíticos, receitados pelo médico pneumologista após o correto diagnóstico da doença. Algumas dicas que podem ser úteis para o tratamento da bronquite são:
- Repousar e beber bastante líquidos, como água ou chás, para fluidificar as secreções, facilitando sua retirada;
- Fazer exercícios físicos, como a natação, para ajudar a mobilizar e retirar as secreções, facilitando a respiração. Mas deve se ter o cuidado de estar numa piscina com pouca quantidade de cloro;
- Realizar sessões de fisioterapia para aumentar a capacidade respiratória do indivíduo e eliminar as secreções, por meio de técnicas manuais, uso de aparelhos respiratórios e exercícios respiratórios.
Além disso, o uso de plantas medicinais com propriedades antissépticas e expectorantes como o Óleo de Copaíba também podem ajudar no tratamento deste problema. Além disso, veja outros remédios caseiros e naturais que ajudam no tratamento da bronquite.
Na maior parte das vezes, ela tem cura. Além disso, apenas em idosos, fumantes e indivíduos com doenças cardíacas ou pulmonares crônicas, como a asma, é que a bronquite pode tornar-se crônica e não ter cura. No entanto, o tratamento adequado pode diminuir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
Receitas para tratar a bronquite:
1. Óleo de eucalipto:
Terapia de vapor é muito eficaz quando se sofre de bronquite.
- Colocar junto, óleo de eucalipto vai amolecer o muco nas vias aéreas obstruídas e suas propriedades antibacterianas, isso vai ajudar no processo de cura.
Como usar:
- Basta adicionar algumas gotas de óleo de eucalipto na água, ferver e cobrir a cabeça com uma toalha para que você possa inalar o vapor.
Se você não tem como comprar o óleo de eucalipto, você pode usar óleo de pinho ou óleo da árvore do chá.
- O óleo de eucalipto também pode ser aplicado externamente sobre o peito. Além disso, isso vai ajudar a expelir o muco e melhorar o funcionamento do sistema respiratório.
2. Xarope natural:
Ingredientes:
- Uma colher de sopa de fruto verde picado de quiabo;
- Duas colheres de sopa de folhas de guaco;
- Uma xícara de chá de água fervente;
- Duas xícaras de café de açúcar.
Modo de Preparo e Consumo:
Coloque as ervas dentro de uma xícara de chá e em seguida adicione a água fervente. Além disso, tampe o recipiente, espere por cinco minutos e depois coe. A substância coada deve ser colocada em uma panela de inox a qual será unida com as duas xícaras de café de açúcar. Leve essa mistura para o fogo e mexa até que ela engrosse.
Retire do fogo e deixe tampado por duas horas. Coe e guarde o líquido em um recipiente de vidro. Além disso, a dosagem ideal para conseguir sucesso no tratamento é tomar duas colheres de sopa, três vezes ao dia. No caso das crianças, elas devem ingerir metade dessa dose. Siga o tratamento durante o tempo necessário para a cura.
Recomendações:
- Reúna todas as forças e tente parar de fumar. Se não conseguir, tente fumar menos e evite locais onde haja pessoas fumando;
- Beba bastante água, pois ela ajuda a diluir as secreções brônquicas e facilita a expectoração;
- Lave as mãos com frequência;
- Utilize máscara ou outro equipamento protetor, se você está sujeito à inalação de elementos irritantes;
- Evite contato com pessoas resfriadas, gripadas ou com outras doenças transmissíveis por via respiratória;
- Não iniba a tosse produtiva;
- Evite permanecer muito tempo em ambientes com ar condicionado ou em locais com ar seco demais.