O cálculo renal é uma doença muito comum. Estudos têm demonstrado que 15% dos indivíduos formarão pedras nos rins em algum momento de suas vidas. Considerando que 30% desses pacientes serão hospitalizados e submetidos a alguma intervenção.
Fragmentação endoscópica, por exemplo associada à redução da produtividade, pode-se avaliar o grande impacto social e econômico dessa doença. Também conhecido como pedra no rim, litíase, nefrolitíase, ureterolitíase, é formado por pequenos cristais, que podem se alojar tanto nos rins como em outro órgão do sistema urinário.
Tipos de cálculo renal:
Basicamente, são quatro os tipos devido à diferença entre suas características e formação. São eles:
1. Cálculos de cálcio:
São os mais comuns e ocorrem mais em homens, na faixa entre 20 e 30 anos, do que em mulheres. Além disso, é frequente que reapareçam mesmo após o tratamento.
Existem algumas fatores que ajudam na sua formação, como: algumas doenças do intestino delgado, dietas ricas em vitamina D e distúrbios metabólicos.
2. Cálculos de cistina:
São comuns de aparecerem em quem sofre de uma doença renal hereditária chamada cistinúria, que atinge tanto em homens quanto mulheres.
3. Cálculos de estruvita:
São mais recorrentes em mulheres com infecção urinária. O perigo dessas pedras é que elas podem crescer ao ponto de bloquearem o rim, o ureter ou a bexiga.
4. Cálculos de ácido úrico:
Formam-se com mais frequência em homens do que em mulheres e, sobretudo, em pacientes que têm ácido úrico elevado.
Causas do cálculo renal:
O cálculo renal se forma quando há um desequilíbrio de certas substâncias na urina. Algumas delas apresentam-se em quantidades maiores do que o normal, como cálcio, oxalato e ácido úrico, ou ocorre uma diminuição na quantidade de alguns fatores que impediriam a aglomeração desses cristais, como o citrato.
Tais substâncias podem formar pequenos cristais que, juntos, transformam-se. Além disso, existem alguns fatores, considerados de risco, que contribuem para a formação São eles:
- Problema genético;
- Histórico familiar;
- Homens são mais suscetíveis aos cálculos renais do que mulheres;
- Ingestão de pouca quantidade de água. Pessoas que vivem em regiões quentes devem estar atentas a quantidade de água ingerida diariamente;
- Dietas ricas em proteína, sódio (sal) ou açúcar;
- Obesidade (em decorrência do excesso de ingestão de açúcar, sal e proteína);
- Doenças do trato digestivo, que podem provocar alterações no processo de digestão, afetando diretamente o organismo na absorção de cálcio e água.
Outras doenças, como acidose, lesões renais tubulares, cistinúria, hiperparatireoidismo. Além disso, doenças no trato urinário e alguns medicamentos também são vistos como causas do cálculo renal.
Diagnóstico do cálculo renal:
Ultrassonografia e radiografia de abdome são bons exames de triagem e acompanhamento. Além disso, o exame padrão ouro para diagnóstico e indicação do tratamento é a tomografia de abdome.
Fora do período de crise pode-se realizar uma avaliação metabólica que incluem exames de sangue e urina para tentar se determinar o fator formador e então tentar prevenir a formação de novos cálculos.
Sintomas do cálculo renal:
Existem situações em que o cálculo renal é silencioso, mas, na maioria dos casos, a dor é lancinante. Os sintomas principais são:
- Dor aguda no corpo, sobretudo, na região lombar;
- Dor ao urinar;
- Urina com ou sem sangue;
- Infecção urinária;
- Náuseas e vômitos;
- Vontade de ir ao banheiro para urinar, mas não expelir muita urina;
- Ardência ao urinar.
Tratamento do cálculo renal:
Quando é pequena, a pedra costuma ser expelida naturalmente. Basta aumentar a quantidade de líquido ingerido ou, caso o médico ache necessário, injetado na veia.
A partir de 1 centímetro de diâmetro, procedimentos entram em ação para fragmentar o cálculo renal e viabilizar sua eliminação. Além disso, uma das opções é a litotripsia extracorpórea, a menos agressiva para o organismo.
Na tradicional técnica percutânea, é feita uma incisão nas costas do paciente e um aparelho penetra na pele até atingir o rim para retirar o cálculo renal. Além disso, o procedimento exige internação de até cinco dias para recuperação.
Como prevenir o cálculo renal?
Como primeira medida é importante conhecer a razão pela qual as pedras apareceram, caso você já tenha sofrido com elas. Além disso, assim que forem expulsas, leve-as para serem examinadas no laboratório para determinar qual o tipo.
Também é provável que o médico indique coletar a urina 24 horas depois de ter eliminado a pedra para analisar quais componentes estão em nível excessivo.
Tanto as pessoas que sofreram cálculo renal como aqueles que são propensas à sua formação. Além disso, é recomendado seguir uma vida saudável e seguir os seguintes hábitos:
- Manter-se hidratado;
- Praticar exercícios;
- Consumir mais magnésio;
- Manter o peso ideal;
- Limitar o consumo de sódio;
- Comer mais cítricos.